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Um passo avante no tratamento das doenças crônicas de pele

Instalada a Frente Parlamentar das Doenças Crônicas de Pele na Câmara dos Deputados — seguida de simpósio da Psoríase Brasil com pesquisas inéditas sobre a temática

Parlamentares e profissionais da saúde realizaram na quarta-feira (4), na Câmara dos Deputados, a solenidade de lançamento da Frente Parlamentar das Doenças Crônicas de Pele — uma iniciativa da ONG Psoríase Brasil em conjunto ao deputado Zé Haroldo Cathedral (PSD), com o intuito de viabilizar políticas públicas de auxílio para pacientes com psoríase, vitiligo, dermatite atópica, urticária crônica espontânea e hidradenite supurativa. Mais de 200 deputados assinaram o requerimento para instalação da frente.

Na abertura, Zé Haroldo (presidente da Frente) apresentou dados que estimam que 20% da população brasileira possui alguma doença crônica dermatológica, e afirmou ter a missão de consolidar uma rede de proteção e assistência integral, universal e equânime voltadas aos pacientes. “Significa que a luta se intensifica em discussões, ações e proposições legislativas para um tema que afeta milhões de pessoas, e ainda é negligenciado no nosso país. Estamos somando esforços para assegurar que todos tenham igualdade de oportunidades no acesso ao diagnóstico e tratamento adequados”, defendeu o parlamentar.

O vice, deputado Ismael Alexandrino (PSD), salientou que a dermatologia muitas vezes é negligenciada no sistema público de saúde, e atentou que as doenças ocasionam um impacto profundo na saúde mental e produtividade do paciente devido ao estigma associado. Entre as ações propostas, estão a apresentação dos Projetos de Lei 212/2023, que cria o Programa Nacional de Referência em Tratamento da Psoríase; e o 4284/2023, para implementar o Programa Nacional de Cuidado Integral às pessoas com doenças crônicas de pele no SUS.

Gládis Lima, à frente da Psoríase Brasil, iniciou a fala explicando a situação enfrentada pelos pacientes, e destacou que a associação tem lutado pelos direitos das pessoas com doenças crônicas há 23 anos. “Quanto mais campanhas de esclarecimento nós tivermos, mais nós poderemos transformar a situação dos pacientes com doenças crônicas de pele no Brasil. Falta acesso à saúde digna, falta informação e falta conscientização. Tem muita doença negligenciada, desconhecida pela sociedade, tendo diagnósticos tardios. É uma realidade, e o nosso desafio é mudar isso. Hoje, vejo que isso é muito possível quando se tem apoio, quando se tem um time como esse, sensibilizado com a causa. Vamos mudar este cenário, tenho certeza”, declarou a presidente da ONG.

O lançamento aconteceu em conjunto ao I Simpósio Brasileiro das Doenças Crônicas de Pele, realizado pela ONG, que reuniu entidades ligadas à temática, representantes da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia), especialistas, médicos e pesquisadores para falar de diagnósticos, tratamentos e a necessidade de políticas públicas. Participaram do debate os médicos Paulo Oldani Felix, Elio Tanaka, Dimitri Luz, Ana Paula Moschione e o pesquisador e professor Jonas Flores, que trouxeram pesquisas inéditas sobre a prevalência e o impacto das doenças na vida dos pacientes. O resultado do Simpósio servirá como base para a elaboração de um relatório, que será convertido em propostas e indicações a serem encaminhadas ao Ministério da Saúde.

 

Crédito da foto: Fabiano Neves 

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