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Urticária Crônica Espontânea – UCE

UCE

O que é

UCE

Doença caracterizada pela ocorrência diária ou quase diária de urticas (lesões em alto relevo na pele, geralmente rodeadas por uma borda avermelhada, que coçam intensamente) e/ou angioedema (inchaço das camadas mais profundas da pele, mais associado à dor do que à coceira) por um período maior do que seis semanas, sem que estes episódios sejam causados por alimentos, cosméticos, produtos de limpeza ou qualquer outro fator externo. Acomete pacientes de qualquer idade, porém a prevalência é registrada entre os 20 e 40 anos.

É importante destacar que pessoas com UCE podem ter somente urticas, ou apenas angioedema, ou ainda ambos ao mesmo tempo. Antigamente, a Urticária Crônica Espontânea era conhecida como Urticária Crônica Idiopática.

Urticas: saiba mais

São lesões em alto relevo na pele, geralmente rodeadas por uma borda avermelhada, que coçam intensamente, fazendo com que o paciente não consiga mais dormir ou exercer suas atividades diárias básicas e normais, como trabalhar, por exemplo. Entre suas particularidades, é bem peculiar que permaneçam no mesmo local por no máximo 24 horas, reaparecendo depois em outras áreas do corpo. O fato provoca a sensação em alguns pacientes de que elas estão se movendo pelo corpo.

Angiodema: um pouco mais sobre ele

Caracterizado por inchaço das camadas mais profundas da pele, está mais associado à dor do que à coceira. Pode aparecer em qualquer parte do corpo, trazendo maior impacto e causando grande constrangimento quando se manifesta no rosto, já que deforma significativamente a aparência de quem é afetado. O angioedema se manifesta muito rapidamente, em cerca de minutos, sumindo em até 72 horas, porém sendo possível o seu reaparecimento em outras partes do corpo.

Sintomas

– Coceira;

– Ardor;

– Vermelhidão;

– Inchaço;

– Dor nas partes do corpo onde aparece o inchaço.

Tratamento

Assim que diagnosticada a UCE pelo médico, o tratamento prescreve a utilização de antialérgicos (anti-histamínicos) ou até medicamentos imunobiológicos, já que apresentam resultados animadores no momento em que agem no anticorpo que desencadeia a enfermidade. Assim, com o tratamento correto os sintomas são controlados, podendo o paciente ter a mesma qualidade de vida de antes do surgimento da doença. É de fundamental importância que no aparecimento de algum dos sintomas, a pessoa procure um especialista.

Prevenção e cuidados

Não há um protocolo específico de prevenção, pois como o nome já diz a UCE aparece espontaneamente e sem aviso. Mas, no surgimento de algum dos sintomas podem ser tomadas importantes precauções:

No aparecimento de coceira ou vermelhidão em alguma parte do corpo, procure não coçar para não irritar ainda mais o local.

Aplicação de compressas frias nas lesões alivia a coceira que normalmente é o principal sintoma da doença.

É válido ressaltar que o estresse não causa urticária crônica espontânea. Porém, ele pode agravar os sintomas. Então, mesmo com aparecimento de alguma evidência da doença, tente manter-se calmo e procure o médico o mais breve possível.

Aspectos importantes que devem ser levados em conta

Em razão de as lesões serem de aparecimento imprevisível, esteticamente aparente, podendo causar muita coceira, dor e privação de sono em razão dos sintomas, acaba por impactar o paciente de forma a provocar ansiedade e até depressão, já que muitas vezes o diagnóstico de UCE pode ser mais demorado. O desconhecimento e abandono na procura de especialistas acaba sendo alto: cerca de 67% dos pacientes desistem de buscar auxílio médico.

A doença afeta aspectos da vida dos pacientes, incluindo os relacionamentos pessoais, familiares e sexuais, levando em muitos casos a um isolamento social significativo. Porém, é possível viver sem os sintomas da UCE, sendo a persistência na busca do diagnóstico um dos principais pontos. O sucesso no tratamento da enfermidade significa viver sem sintomas da doença.

Logo, ter acesso a informações e fazer acompanhamento com um especialista (alergista/imunologista ou dermatologista) são fundamentais para atingir esse controle total da UCE. A boa notícia é que 92% das pessoas afetadas pela moléstia conseguem viver sem nenhum sinal ou sintoma doença quando recebem o tratamento adequado.

Centros de Referências em diagnóstico e tratamento

Existem alguns centros de excelência no Brasil quando o assunto é o diagnóstico e o tratamento da urticária. Eles são reconhecidos internacionalmente com a certificação UCARE (Urticaria Center of Reference and Excellence). Conheça:

1. AMBULATÓRIO DA DISCIPLINA DE ALERGIA, IMUNOLOGIA CLÍNICA E REUMATOLOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO (UNIFESP) -SP
2. HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE SÃO PAULO-SP
3. HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE RIBEIRÃO PRETO -SP
4. ALERGOSKIN ALERGIA E DERMATOLOGIA – SP
5. AMBULATÓRIO DE URTICÁRIA E ALERGIA A DROGAS DA FMABC – DISCIPLINA DE DERMATOLOGIA DA FACULDADE DE MEDICINA DO ABC -SP
6. CPAlpha – SP
7. AMBULATÓRIO DE IMUNOLOGIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO (UFRJ) -RJ
8. COMPLEXO HOSPITALAR UNIVERSITÁRIO PROF. EDGARD SANTOS -BA

Tratamento fornecido pelos Planos de Saúde

OMALIZUMABE
(A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) incluiu em 2021 no Rol da ANS o medicamento Xolair (Omalizumabe) no Rol de Procedimentos. Portanto, o medicamento possui cobertura obrigatória por parte dos planos de saúde).

Referências: 1. The EAACI/GA(2) LEN/EDF/WAO Guideline for the definition, classification, diagnosis, and management of urticaria: the 2013 revision and update. 2. An individualized diagnostic approach based on guidelines for chronic urticaria (CU). 3. The impact of chronic urticaria on the quality of life. 4. The impact of chronic idiopathic urticaria on quality of life in korean patients. 5. Quality of life in chronic urticaria: a survey at a public university outpatient clinic, Botucatu (Brazil). 6. Unmet clinical needs in chronic spontaneous urticaria. 7. What the first 10,000 patients with chronic urticaria have taught me: a personal journey. 8. The EAACI/GA²LEN/EDF/WAO Guideline for the Definition, Classification, Diagnosis and Management of Urticaria. The 2017 Revision and Update. 9. Effect of chronic urticaria on US patients: analysis of the National Health and Wellness Survey. 10. ATTENTUS, a German online survey of patients with chronic urticaria highlighting the burden of disease, unmet needs and real-life clinical practice. 11. Therapy of chronic urticaria: a simple, modern approach.

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